Lembra da corrida espacial entre EUA e União Soviética nos anos 60? Pois bem, hoje, a batalha é diferente. Em vez de mirar nas estrelas, governos ao redor do mundo estão de olho no próximo grande centro de desenvolvimento tecnológico – e a arma (nada secreta) é a inteligência artificial.
Nos Estados Unidos, essa competição ficou acirrada. Estados como Nova Jersey estão oferecendo montanhas de incentivos, com US$500 milhões em créditos fiscais, para atrair empresas de IA. Mas não é qualquer um que pode pegar esse dinheiro: só empresas que invistam pelo menos US$100 milhões e criem mais de 100 empregos de alta tecnologia.
E Nova Jersey não está sozinha nessa corrida. Illinois, por exemplo, garantiu um acordo bilionário com a PsiQuantum para construir um parque quântico em Chicago, enquanto o Arizona está se preparando para receber nada menos que três fábricas da gigante Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., com um investimento de US$65 bilhões e a criação de milhares de empregos.
Mas a disputa ocorre em todo o Norte Global. A China está investindo pesado para tomar a dianteira dos EUA em IA. A startup Baichuan, apoiada pelo Alibaba, já levantou quase US$ 700 milhões em uma única rodada de financiamento. E na Europa, a França se juntou ao jogo com um investimento massivo da Microsoft para treinar 1 milhão de trabalhadores em IA até 2027.
E em diversas partes do mundo, lugares como Zanzibar, Canadá e Dubai estão se movendo rapidamente para atrair talentos de ponta, visando fortalecer suas indústrias tecnológicas locais.
Especula-se que as empresas que adotarem a inteligência artificial mais rapidamente terão uma vantagem significativa, possivelmente dominando seus respectivos mercados. Por outro lado, aquelas que demorarem para integrar essa tecnologia poderão ser deixadas para trás, enfrentando a possibilidade de sair de cena. A projeção é de que a IA possa injetar até US$ 13 trilhões na economia global até 2030.