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A expansão de Minecraft para os parques temáticos

Embora nem todos os mundos dos videogames sejam atraentes para explorar na vida real — por exemplo, “Resident Evil” não seria uma escolha desejável —, os jogos populares oferecem oportunidades lucrativas para parques temáticos ao fornecer novas propriedades intelectuais que atraem os visitantes.

A Comcast, por exemplo, observou um aumento de 12,2% na receita de seus parques temáticos no quarto trimestre de 2023, impulsionado pelo sucesso do Super Nintendo World no Universal Studios Hollywood e no Japão.

Seguindo essa tendência, o jogo Minecraft está chegando ao mundo real através de uma parceria de mais de US$ 110 milhões com a Merlin Entertainments, sediada no Reino Unido, que opera mais de 135 atrações em 23 países.

Este acordo inicial prevê duas atrações — novas ou adicionadas às existentes — programadas para abrir no Reino Unido e nos EUA em 2026 e 2027, respectivamente, com planos de expansão global posteriormente.

Por que Minecraft?

O CEO da Disney, Bob Iger, tem enfatizado a importância de propriedades intelectuais estabelecidas em detrimento de histórias originais como fontes de receita para parques temáticos. Com o crescente sucesso de adaptações de videogames para outras mídias — como The Last of Us, The Witcher e Fallout —, Minecraft surge como uma escolha promissora.

Some a isso o fato de Minecraft ser o segundo videogame mais vendido de todos os tempos, com mais de 300 milhões de cópias vendidas, ficando atrás apenas de Tetris, que alcançou 520 milhões de cópias.

No entanto, enquanto Tetris teve várias edições desde sua estreia em 1984, Minecraft é um único jogo desenvolvido pelo programador sueco Markus “Notch” Persson em 2009.

A Microsoft adquiriu o jogo por US$ 2,5 bilhões em 2014, e seu vasto império agora inclui diversas mídias e produtos, incluindo um filme estrelado por Jason Momoa e Jack Black, previsto para estrear na próxima primavera.

Há inúmeras direções que um designer de parque temático pode seguir para atrair visitantes novos e antigos. No entanto, de acordo com especialistas, é importante moderar as expectativas: um orçamento de mais de US$ 110 milhões para dois parques é relativamente modesto.

O Universal Studios Japan gastou mais de US$ 578 milhões em seu Super Nintendo World, enquanto o Universal Studios Hollywood investiu US$ 275 milhões em sua expansão do Wizarding World of Harry Potter — metade do tamanho do parque de Orlando.


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