Elas marcaram época, e se você tem uma certa idade, provavelmente se lembra de esperar horas para que suas músicas favoritas tocassem no rádio e você pudesse gravá-las em uma fita.
Você deve ter alguma história sobre fitas cassete guardada na sua memória. A minha é de ficar ligando nas rádios para pedir músicas e levar aquele puxão de orelha no final do mês por causa dos valores da conta de telefone.
Hoje, temos toda a facilidade do mundo para consumir música e elas estão disponíveis sob demanda, mas aparentemente as fitas cassete estão voltando. Lá na gringa, entre 2020 e 2021, as vendas do produto quase dobraram de 173 mil para 343 mil dólares.
As fitas cassete foram desenvolvidas na década de 1960 pela Philips. Foi um sucesso porque qualquer um poderia gravar áudio neles, daí o surgimento da mixtape.
Já em 1979, o Walkman da Sony, permitia que os amantes de música escutassem suas músicas favoritas em qualquer lugar. Uma curiosidade: o Walkman original vinha com dois conectores de fone de ouvido para audição dupla, mas depois descobriram que os consumidores preferiam ouvir sozinhos.
No auge das fitas cassete, mais ou menos entre 1963 e 1988, foram vendidas em torno de 3 bilhões de unidades.
Só que aí chegaram os anos 90, e os CDs substituíram as fitas cassete, e o resto você já sabe: vieram as bibliotecas de música digital e… enfim.
Mas por que o retorno?
Você já deve ter ouvido audiófilos dizendo que o vinil é a melhor maneira de ouvir música, entretanto, o mesmo não ocorre com as fitas cassete. Então, qual o motivo?
Fácil: é a nostalgia. E isso teve um empurrãozinho da cultura pop:
Em Stranger Things, uma fita de Kate Bush não apenas desempenhou um papel fundamental, mas também fez do hit de 1985 da cantora, Running Up That Hill, um sucesso moderno nas paradas.
Artistas atuais como Taylor Swift, Billie Eilish e The Weeknd também lançaram recentemente álbuns em fita.
Na mesma direção, as fitas também atraem os colecionadores. A maioria é barata, embora alguns alcancem preços altos.
Para você ter uma ideia, uma demo do “Linkin Park” de 1996, de quando eles eram conhecidos como “Xero”, foi vendida por US$ 4,5 mil em 2021.
Aguardamos as cenas dos próximos capítulos.