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Fotografia Fine Art: a técnica que eleva retratos à categoria de pinturas

por Luiza Johnson

Sabe aquele monte de fotos que tiramos (de nós e dos outros) e que minutos depois se tornam totalmente descartáveis? Pois bem, houve um (longo) período que a nossa relação com esses registros era bem diferente.

Nos séculos que precederam a invenção da máquina fotográfica (ou seja, quase toda a história da humanidade), os retratos eram um conjunto de traços e pinceladas, e apenas as classes mais altas podiam pagar por eles.

Além disso, os retratos não tinham nada de instantâneos, já que levavam meses para ficarem prontos — ou seja, bem diferente do hábito das “selfies” e do acúmulo de cliques que muitas vezes nem revisitamos.

Hoje, com um celular, qualquer pessoa pode escolher um filtro que “a deixe mais bonita” e reunir uma coleção de imagens. E isso, convenhamos, não é ruim, mas nos faz pensar que, com o avanço da tecnologia, os retratos deixaram de ser um acontecimento especial e diferenciado.

Há não mais que 20 anos, muita gente tinha vontade de realizar ensaios fotográficos — mas até mesmo o termo “book de fotografia” soa como o eco de um passado distante.

Muitos fotógrafos que ainda realizam ensaios fotográficos trabalham como se estivessem fazendo uma receita de bolo. Assim, ensaios com o propósito de estar realmente presente no momento tornam-se cada vez mais raros, da mesma forma como o ato de pintar retratos aos moldes antigos ficou no passado.

Foi pensando nisso que alguns fotógrafos pelo mundo têm conectado a beleza das antigas pincelas de tinta com as luzes que criam uma fotografia, misturando o antigo e o novo para fazer arte — mais especificamente o Fine Art.

O Fine Art surgiu na Rússia a partir do trabalho de fotógrafas como Julia Zarkh, Natasha Ince e Margarita Kareva. Para isso, elas usaram como referência as pinturas renascentistas do século IX, como as do Caravaggio e do Leonardo da Vinci, tendo como principal técnica, além do aspecto de retrato pintado, a técnica Chiaroscuro (Claro/Escuro) que além de trazer mais volume à obra traz dramaticidade em suas nuances tonais.

Há poucos fotógrafos no mundo que trabalham com este estilo. Alguns nomes de destaque são o casal italiano do estúdio The Ferros e os estúdios brasileiros Creative Inspiration, Mykaella Carbonera, Cadu Costa e Dowiwendel Souza.

Para trazer as ideias para o mundo real, a fotografia Fine Art precisa de uma conexão real ente fotógrafo e fotografado. Por isso, desde a concepção à pós-produção, o trabalho carrega ajustes e intervenções minuciosos e delicados, proporcionando a pessoas comuns uma experiência que elas só veem em pôsteres de filmes e editoriais de marcas famosas.

Bem, e é aqui que me apresento. Sou Luiza Johnson, uma das fotógrafas que fotografa no estilo Fine Art. Estou trabalhando no projeto Projeto Fotográfico Luz Interior, que tem como propósito trazer às pessoas uma visão mais positiva e gentil sobre elas mesmas através da fotografia.

O resultado de um ensaio de fotografia Fine Art é muito diferente daquele monte de arquivos que se perdem em HDs externos e redes sociais. As fotos são mais íntimas e sensíveis, como boas lembranças (visuais) que distribuímos ao longo da vida.

Se você quer conhecer mais sobre a fotografia Fine Art, visite meu site https://luizajohnson.alboompro.com/home e me siga (@luizajohnson_) nas redes.


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