O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) anunciou uma série de propostas que visam enfrentar o monopólio ilegal da Google no mercado de buscas online. Após uma decisão judicial que condenou a gigante da tecnologia, o governo busca implementar medidas robustas para restaurar a concorrência e limitar o poder da empresa nesse setor estratégico.
Entre as iniciativas sugeridas pelo DOJ estão:
Venda do Navegador Chrome: O DOJ sugere que a Google transfira a propriedade do navegador Chrome para uma entidade independente. Essa medida busca reduzir o controle da Google sobre a experiência de navegação online.
Possível Desinvestimento no Android: Caso outras medidas não sejam suficientes, o governo considera exigir a venda do sistema operacional Android, uma das plataformas mais amplamente utilizadas em dispositivos móveis.
Compartilhamento de Dados de Busca: A Google seria obrigada a compartilhar seu índice de busca e dados associados com concorrentes, permitindo que outros mecanismos de busca aprimorem suas ofertas.
Proibição de Acordos de Exclusividade: Contratos bilionários que tornam a Google o mecanismo de busca padrão em navegadores e dispositivos — como o acordo com a Apple — seriam proibidos.
Mais Transparência para Anunciantes: O DOJ quer que a Google ofereça maior clareza sobre os custos e o desempenho dos anúncios, dando aos anunciantes mais controle e informações.
A Google classificou as propostas como “extremamente excessivas”, alegando que tais mudanças prejudicam consumidores e afetam negativamente a liderança tecnológica dos Estados Unidos. A empresa afirmou que lutará vigorosamente contra essas medidas nos tribunais.
As ações do DOJ marcam uma das intervenções mais significativas do governo dos EUA contra uma empresa de tecnologia. Caso aprovadas, as medidas podem remodelar o mercado digital, aumentar a concorrência e reduzir a influência da Google em setores estratégicos.
Espera-se que as propostas revisadas sejam apresentadas em março de 2025, com um julgamento previsto para abril do mesmo ano. Este caso pode definir o futuro da regulação tecnológica nos Estados Unidos e influenciar políticas globais relacionadas a monopólios digitais.