Há algumas semanas, o filme Lightyear (o spin-off de Toy Story) da Pixar estreou com uma bilheteria de aproximadamente US$ 51 milhões, superando Top Gun: Maverick (US$ 44 milhões).
Isso é um pouco abaixo da expectativa da empresa que esperava bater Jurassic World: Dominion (US$ 58,7 milhões), já na quarta semana após a estreia.
Lightyear marca o retorno da Pixar às telonas depois de ver vários de seus filmes animados indo direto para o serviço de streaming Disney+ devido à pandemia.
Spoiler e censura
O filme muito provavelmente não será lançado na China e também foi banido no Oriente Médio, incluindo a Arábia Saudita, por causa de um beijo homoafetivo.
A cena que envolve a personagem feminina Hawthorne e sua parceira foi originalmente cortada do filme, mas reintegrada após o alvoroço em torno de uma declaração de funcionários da Pixar alegando que a Disney estava censurando “uma afeição abertamente gay”.
Lightyear não é o primeiro filme da Disney a ser censurado no Oriente Médio. Eternos e o longa de A Bela e a Fera também foram alvos da intolerância.
Remember, remember: com a ajuda da IA, uma voz nunca morre
Se você achava que programas que emulam qualquer tipo (timbre) de voz eram coisas de filmes de ficção científica, você está alguns anos atrasado. A tecnologia já existe há um bom tempo e é mais comum do que imaginamos.
A diferença é que, até pouco tempo atrás, esse tipo de tecnologia estava restrita a um certo grupo. Será que agora chegou a vez do grande público ter acesso a essa ferramenta?
Bom…
A Amazon está desenvolvendo um sistema para permitir que a Alexa imite qualquer voz depois de ouvir menos de um minuto de áudio. Ao menos foi o que disse o vice-presidente sênior da Amazon, em uma conferência da empresa.
O objetivo? Simples “…fazer as memórias durarem…” depois que “…muitos de nós perdemos alguém que amamos” durante a pandemia. Vale dizer que, em 2019, a Alexa já possuía cerca de 100 milhões de usuários em todo o mundo.
A princípio não há data prevista para o lançamento de tal recurso, isto porque uma das áreas da empresa analisará os possíveis benefícios (ajudar pessoas com problemas de fala ou outros problemas) e abusos (propagar deepfakes políticos).
De certa forma, nas mãos erradas isso pode virar realmente um perigo. Basta vermos dezenas de vídeos chamados de deepfake que circulam nas redes.
Recentemente, a Microsoft restringiu quais empresas poderiam usar seu software para imitar vozes. A Amazon espera que o projeto ajude a Alexa a se tornar onipresente na vida dos compradores.
Na Alphabet, um engenheiro fez a afirmação (que foi contestada) de que um bot de bate-papo da empresa havia avançado para a senciência (capacidade dos seres de sentir sensações e sentimentos de forma consciente. Em outras palavras: é a capacidade de ter percepções conscientes do que lhe acontece e do que o rodeia).
A Amazon diz que a ideia para a Alexa é “inteligência generalizável”, com a capacidade de se adaptar aos ambientes do usuário e aprender novos conceitos. A empresa alega que os objetivos são diferentes dos concorrentes (DeepMind da Alphabet e a OpenAI de Elon Musk) que buscam uma Inteligência Geral Artificial.
Numa parte da conferência a empresa retratou uma criança que perguntou: “Alexa, a vovó pode terminar de ler o Mágico de Oz?” Um momento depois, Alexa confirmou o comando e mudou de voz.