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O lado obscuro do streaming: como Taylor Swift quebrou o Spotify?

Você já se perguntou por que os artistas não estão lucrando tanto quanto deveriam no Spotify? Bem, a verdade é que a economia desse universo musical é um tanto desigual. Mas não se preocupe, nós vamos explicar tudo para você!

Tudo começou lá atrás, quando o mundo da música estava em crise e as pessoas estavam baixando músicas ilegalmente. Foi então que o herói do streaming, Daniel Ek, apareceu para salvar o dia! O Spotify surgiu como uma alternativa legal para os ouvintes, oferecendo todas as músicas que eles baixavam ilegalmente por uma pequena assinatura mensal ou até mesmo de graça, com alguns anúncios pelo caminho.

Mas para tornar isso possível, o Spotify teve que fazer um acordo com as grandes gravadoras. Afinal, eles eram os donos das músicas que todo mundo queria ouvir.  E o que aconteceu? As gravadoras ganharam uma participação acionária no Spotify e receberam uma generosa fatia dos royalties — bilhões e bilhões de dólares!

Hoje em dia, o Spotify é um verdadeiro gigante da indústria musical. Com mais de 500 milhões de usuários e US$ 12,4 bilhões em receita, eles estão dominando o jogo! Eles têm cerca de 20% de toda a receita da música gravada, deixando para trás concorrentes como Apple, Amazon e Tidal.

Mas, espera aí, e os artistas? Infelizmente, muitos deles sentem que não estão recebendo sua fatia justa desse bolo. Os pagamentos por stream são geralmente tão pequenos que mal chegam a alguns centavos. É como se alguém deixasse cair uma moedinha e os artistas tivessem que brigar por ela!

A pergunta que não quer calar é: por que os artistas ainda são tão mal remunerados no Spotify? E será que o Spotify vai sobreviver se continuar deixando os artistas na mão? 

Bom…

Você provavelmente já ouviu falar sobre Taylor Swift, a rainha da música pop. Mas você sabia que ela também é uma guerreira na batalha contra as injustiças do mundo da música? Em particular, ela tem um grande problema com o gigante do streaming, o Spotify. Vamos descobrir por quê!

Em um fatídico dia, 21 de outubro de 2022, Taylor Swift lançou seu tão esperado álbum Midnights e fez o Spotify colapsar. Sim, você leu direito, tantas reproduções que o Spotify simplesmente não aguentou toda a emoção e hype gerados pelo álbum.

Mas, enquanto Taylor Swift estava quebrando recordes e dominando o mundo da música, milhares de outros artistas estavam sofrendo. Por quê? Por causa da maneira complicada como os músicos são pagos pelo streaming de suas músicas no Spotify.

Vamos dar uma olhada nos números: em apenas 24 horas, Midnights foi reproduzido mais de 184 milhões de vezes, tornando-se o álbum mais reproduzido em um único dia na plataforma. Parece impressionante, certo? Mas aqui está a reviravolta: para comprar um café para um artista médio, você precisaria reproduzir suas músicas mais de mil vezes. Sim, você leu corretamente!

Agora você pode estar se perguntando por que os artistas são pagos tão pouco em uma plataforma que gera mais de 11 bilhões de dólares por ano. Bem, a resposta está em duas equações de pagamento intrigantes que mudam a cada mês. O Spotify, como a maior plataforma de streaming de música, tem o poder de determinar como distribuir o dinheiro entre os artistas com base em quantas vezes suas músicas foram reproduzidas em relação ao total de reproduções na plataforma. Isso significa que artistas famosos como Taylor Swift têm uma fatia maior do bolo, enquanto artistas menos conhecidos sofrem para ganhar a vida.

Mas há mais! O Spotify não paga diretamente os artistas ou compositores. Em vez disso, eles pagam os detentores dos direitos, como gravadoras e distribuidores. E isso pode ser um jogo complicado. A distribuição do dinheiro é baseada em contratos e acordos prévios, deixando os compositores em uma situação desfavorável.

Apesar dessas adversidades, o Spotify fez alguns esforços para ajudar os artistas a monetizar sua música além da reprodução. Agora, eles podem vincular suas mercadorias e venda de ingressos diretamente no aplicativo e até receber gorjetas diretamente dos fãs. Mas será que essas mudanças são suficientes para satisfazer os críticos e os artistas?


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