Você já imaginou registrar um meme do TikTok como uma marca registrada? Pois é, parece que até os memes entraram no jogo das patentes. A última sensação (na gringa) envolve Jools LeBron, a influenciadora que, com seu bordão “muito recatada, muito consciente”, conseguiu conquistar os internautas (e talvez algumas marcas registradas de brinde).
A Jools LeBron, para quem não conhece, é uma TikToker de Chicago que faz vídeos de maquiagem, ensinando como ser “muito recatada” no trabalho (afinal, não é só a maquiagem que precisa ser discreta, né?).
Seu estilo viralizou, ganhando seguidores, entrevistas em programas de TV e colaborações com gigantes como Verizon e Netflix. Quem diria que ser “recatada” daria tanto dinheiro?
Agora, a confusão começa: enquanto LeBron colhia os frutos de sua fama, três espertalhões resolveram tentar patentear o bordão dela. Temos um trio de candidatos ao prêmio de “Oportunistas do Ano”: Jefferson Bates, de Washington, que quer monopolizar o “Muito recatado, muito consciente”; Kassandra Pop, da Califórnia, que busca registrar a versão “gringa” com o “Very Demure Very Cutesy”; e Almondia White, de Ohio, que deu uma incrementada com o “sempre recatada e muito consciente”.
Pra quem não tá ligado, uma marca registrada é qualquer coisa que identifica uma empresa — tipo o símbolo da Nike ou o “Just do it”. Mas, claro, tudo isso passa por análise e pode rolar uma briga, com LeBron entrando em cena para defender o meme que ela criou.
Segundo uma professora de direito, se LeBron provar que o público a associa ao bordão antes desses outros espertos aparecerem, ela pode ganhar a disputa. E parece que é isso que ela está fazendo, já que no TikTok ela comentou que tudo já estava “resolvido” e que ela “ia deixar por isso mesmo”. Traduzindo: “Relaxa, a treta tá na minha mão”.
Existem ainda os “trolls de marca registrada”. Isso mesmo, pessoas ou empresas que tentam abusar de marcas registradas. A Monster Energy é um exemplo, intimidando qualquer outra empresa que tente usar a palavra “monstro” em qualquer outro contexto.
E, olha só, essa febre de registrar memes não é exclusividade dos gringos, viu? Aqui no Brasil, a coisa também pega fogo! Já pensou em registrar aquele meme clássico do “É verdade esse bilete” ou o famoso “Bora Bill?”. Pois é, algumas empresas e oportunistas já começaram a correr atrás de registrar bordões e frases que viralizam por aqui. Afinal, quando algo faz sucesso na internet, tem sempre alguém pensando: “como eu posso lucrar com isso?”.
No Brasil, a lei de marcas e patentes também permite que expressões virais sejam registradas, mas, assim como nos EUA, o processo não é tão simples. Tem que provar que a marca tem uso comercial real, e não é só brincadeira de internet. Mas quem é que vai parar um bom meme? Então, se você criar um viral por aqui, fique esperto! Ou você vai acabar vendo sua frase no rótulo de um produto sem nem ganhar um centavo. “Que tistreza”.