Nesta segunda-feira (16), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lançou uma nova versão do Currículo Lattes, com um conjunto de novas funcionalidades e maior capacidade de cruzamento de dados.
Ao menos, é o que diz a descrição do site e o que foi anunciado pelo governo:
“Será criada, apenas, uma nova alternativa de Login para esses usuários. Não haverá qualquer mudança interna aos sistemas ou às suas bases de dados que, atualmente, são replicadas e possuem várias cópias de segurança em diferentes dispositivos de armazenamento”.
O texto ainda diz que:
“Será implementada, também, uma nova interface para o Login do CNPq, com o objetivo de ampliar a segurança no acesso aos sistemas”.
A mudança ocorre na forma de acesso a três sistemas: o Diretório de Grupos de Pesquisa (DPG), Plataforma Integrada Carlos Chagas (PICC) e o Currículo Lattes.
Criada em 1999, a Plataforma Lattes contém, atualmente, mais de 1,5 milhão de currículos. Desse total, 120 mil, ou 8%, são currículos de pessoas com doutorado.
Estão disponíveis informações relativas à educação formal, experiência profissional, áreas de pesquisa, projetos e linhas de pesquisa, artigos em periódicos, livros e capítulos publicados, produtos e patentes, produções artísticas e culturais, entre outras.
O anúncio realizado na terça-feira (13), fez com que os usuários da plataforma lembrassem os problemas ocorridos no ano passado, quando aconteceu o episódio que ficou conhecido como “apagão do CNPq”.
À época, a Plataforma Lattes e outros serviços ficaram fora do ar e o sistema só voltou a funcionar parcialmente, em agosto, com uma série de recursos limitados.
A plataforma reúne dados de cientistas, professores e pesquisadores de todo o país e é utilizada como documento para conseguir bolsas de pesquisa, vagas em universidades e concorrer em editais e concursos.
Observando o que a princípio foi anunciado e o que as mídias tradicionais escreveram sobre o assunto, fica claro, que houve um recuo após a pressão dos usuários da plataforma, em especial, nas redes sociais.
O próprio perfil do CNPq no Twitter, fez uma postagem no dia 16, informando que “a integração da Plataforma Lattes, Plataforma Integrada Carlos Chagas e o Diretório de Grupos de Pesquisa ao Login do http://gov.br criará, apenas, uma nova alternativa de Login esses usuários”. Ou seja, o site “antigo” permanecerá ativo.
Já faz algum tempo que o Governo federal vem centralizando os mais diversos serviços em uma única plataforma. Isto está ocorrendo, devido ao decreto nº 9.756/2019, que institui o portal único “gov.br” e dispõe sobre as regras de unificação dos canais digitais.
É o caso de sites da Anatel e da Funarte, por exemplo, que mudaram não apenas a sua forma de acesso, mas também a sua identidade visual.
Eu ia dizer: “Acredite no astronauta se quiser”, mas acabei de lembrar que ele deixou o cargo para se candidatar nas eleições de 2022. Quem assumiu o cargo foi o ex-secretário de inovação, Paulo Alvim. Vale lembrar que o orçamento do CNPq é o menor em duas décadas, o que levou a uma terceirização de seus serviços.