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Clubhouse: uma breve história da ascensão ao declínio do áudio social

Mas já? Nem bem começou e o áudio social caminha para seu fim — ao menos é o que os números dizem. 

No início de 2021, o Clubhouse dominava as paradas e estava no topo do mundo.

Dois dos empresários mais conhecidos do mundo, Elon Musk e Mark Zuckerberg, usavam o aplicativo de áudio social para compartilhar suas histórias. Os convites para entrar no aplicativo custavam US$ 400 no eBay.

Entre 1º de janeiro e 31 de maio de 2021, o Clubhouse teve 19 milhões de instalações

Mas veja só você, o Clubhouse está perdendo usuários e executivos-chave, levando os críticos a argumentar que o áudio social era apenas uma moda pandêmica

O rápido crescimento do aplicativo alimentou uma onda de produtos similares dos concorrentes na área:

O Spotify adquiriu o Locker Room, um aplicativo de áudio social focado em esportes (que acabou evoluindo para o Spotify Live); Twitter lançou o Twitter Spaces e a Meta lançou salas de áudio ao vivo. 

Mas, no mesmo período (janeiro a maio de 2021), as instalações do Clubhouse caíram 80%. Algo em torno de 3,8 milhões de usuários. 

Os concorrentes também não estão prosperando. O Twitter, por exemplo, está transferindo recursos do Spaces. Já o Facebook, incluiu o Live Audio Rooms em seu produto de vídeo ao vivo.

Para piorar a situação do Clubhouse, os principais líderes estão deixando a empresa. Um executivo de saída é Aarthi Ramamurthy, ex-chefe internacional e co-apresentador do “The Good Time Show”, uma história de sucesso inicial na plataforma.

Outra coisa que chama atenção é o fato de Ramamurthy e seu marido (e co-apresentador), parceiro do a16z , Sriram Krishnan, recentemente mudaram seu programa do Clubhouse para o YouTube.

A popularidade do áudio social pode estar diminuindo, mas ainda não está morta. Ao que parece, seu futuro pode estar em conectar públicos de nicho

Discord, uma plataforma para comunidades de nicho, tem seu próprio recurso de áudio social chamado Stage Channels e o Twitter lançou recentemente os Super Follows Spaces, que são exclusivos para assinantes pagos de um criador. O lugar do Clubhouse no futuro do áudio social é uma incógnita.

Em março de 2021, um artigo no The New Yorker intitulado “Clubhouse Feels Like a Party” falava sobre a explosão da rede social — só que, daqui em diante, a festa pode ser um pouco menor.


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