Lambrequim logo newsletter

a newsletter de cultura e tecnologia da Têmpora Criativa

TikTok vai dominar o mercado da música? 

Quando a rede social TikTok surgiu, realizava pagamentos às gravadoras através de uma taxa fixa para licenciar músicas para uso nos vídeos dos usuários. Entretanto, hoje as coisas mudaram e as gravadoras não estão nada satisfeitas

Na atualidade, o TikTok é enorme. Para você ter uma ideia do que estou falando:

Em 2021 a empresa arrecadou US$ 4 bilhões em receita, e em 2022, algo em torno de US$ 12 bilhões em 2022.

Outro número impressionante é que a rede possui mais de 1 bilhão de usuários com vídeos apresentando música na plataforma.

A insatisfação das gravadoras vem exatamente desses números. Universal Music Group, Sony Music Entertainment e Warner Music Group, combinados, detêm mais de 70% da participação de mercado

Obviamente, querem que o TikTok gaste mais em receita de publicidade e royalties. Some aos números outro fator: a rede social é um grande comerciante de música, revelando novos talentos.

Estima-se que 75% dos usuários do TikTok encontram novas músicas lá. Isso significa que mesmo que uma música se torne viral, devido a tal taxa fixa, as gravadoras não conseguem gerar uma receita extra.

A birra é porque outras plataformas como o YouTube, por exemplo, pagaram à indústria da música mais de US$ 6 bilhões entre julho de 2021 e junho de 2022.

O argumento do TikTok é que a empresa não deveria pagar o mesmo que as plataformas de música porque não é uma.

Só que, vale lembrar que a empresa controladora do TikTok, ByteDance, possui um streamer de música, chamado Resso, com operações na Indonésia, Brasil e Índia com planos de expansão como, por exemplo: 

◾ Recentemente, registrou uma marca comercial para um aplicativo “TikTok Music”;

◾ Seu recurso SoundOn permite que os artistas carreguem e ganhem royalties por suas músicas;

◾ Passou a contratar pessoas para desenvolver novos artistas.

Para finalizar, é bem provável que TikTok e as gravadoras cheguem a um acordo, ou pelo menos uma extensão, antes que os contratos terminem. Mas, até lá, a rede social estará ainda mais consolidada na indústria da música.


Publicado

em

por