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Uma IA feita para apagar nosso senso de realidade

Um artigo publicado no The Wall Street Journal, apresenta um levantamento sobre algumas das inúmeras falhas em uma das redes sociais de Zuckerberg, o Facebook.

De acordo com o artigo, funcionários do Facebook relatam que as ferramentas de IA utilizadas pela empresa não funcionam efetivamente no combate à disseminação de discursos de ódio. 

Estima-se que entre 3% e 5% das publicações de discurso de ódio são excluídas. A grande questão é que a IA tem falhas (como toda IA), de reconhecimento diversos, como distinguir um acidente de carro e uma briga de galos

Outro fator agravante é que a empresa demitiu funcionários que faziam a filtragem manualmente e, desta forma, foi ficando cada vez mais dependente de IA. 

Visando melhorar os números de reclamações para o grande público, a empresa criou uma forma de “ajustar” o número de reclamações de usuários. Ou seja, ter menos reclamações causou uma impressão errônea de uma melhora no combate aos discursos abusivos. 

Para finalizar, fique sabendo que esses dados são apenas para “conteúdos” publicados em inglês. Se os problemas existem na língua materna de Zuckerberg, nem tente imaginar como anda a situação em outros países.  


Portanto, fiquem tranquilos. Embora recentemente “conteúdos” como, por exemplo, uma das lives semanais do atual presidente do Brasil, tenham sido removidos por associar a vacinação contra a Covid-19 com a AIDS, as notícias falsas, a desinformação e as fake news continuarão firmes e fortes por alguns longos anos.


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